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Dupla da eletrônica do câmpus Pelotas conquista o bronze em competição científica nos EUA

Carlos Bastos e Gustavo Silva foram premiados na categoria Ciência com o projeto Diana

  • Publicado: Sexta, 29 de Junho de 2018, 12h24
  • Última atualização em Sexta, 29 de Junho de 2018, 12h24

Os alunos Carlos Eduardo Lopes Bastos e Gustavo Ludtke da Silva, do curso técnico em eletrônica do câmpus Pelotas, conquistaram a medalha de bronze logo na estreia deles na Genius Olympiad, uma das competições científicas mais importantes voltadas ao meio ambiente. O evento foi realizado este mês, na cidade de Oswego, estado de New York, nos Estados Unidos.

A dupla do câmpus Pelotas faturou o bronze na categoria Ciência. Segundo os estudantes, apesar da dificuldade em dominar o idioma, foi possível explicar com objetividade aos avaliadores a proposta de desenvolvimento do Diana, dispositivo criado para análise e monitoramento de estufas.

“Eles (avaliadores) entenderam bem e ficaram impressionados com o trabalho que realizamos no Laboratório 14 do câmpus Pelotas. Apesar de sermos rotulados como países de terceiro mundo, como pesquisadores, provamos que não ficamos devendo nada a ninguém, mesmo o Brasil saindo atrás, muitas vezes, em termos de equipamentos e estrutura, se comparado aos Estados Unidos, por exemplo”, comentou Carlos Eduardo.

Para Gustavo, esta foi a apresentação mais importante do Diana até agora, já que a Genius Olympiad reuniu mais de 1,5 mil projetos finalistas na edição deste ano.

“Foi uma honra para nós representar o IFSul em um evento tão grandioso como este. Acredito que nossa participação serve de vitrine para divulgar nossa instituição de ensino e o nosso projeto e também de incentivo para que muitos estudantes passem a se dedicar mais à pesquisa, ao desenvolvimento de projetos, aproveitando a excelente estrutura do câmpus Pelotas e a qualidade de nossos professores”, destacou.

Os estudantes disseram que a Genius Olympiad teve um caráter mais avaliativo do que outros eventos que já participaram, não havendo, portanto, muito espaço para sugestões ou dicas voltadas a melhoria do projeto. Ainda assim, a dupla acabou recebendo vários elogios dos avaliadores, que se impressionaram com a capacidade inventiva dos pelotenses, que mostraram que realmente conhecem o projeto desde a teoria até a montagem da última peça.

Enquanto aguardam a definição sobre a participação deles em evento na Rússia, em julho, Carlos Eduardo e Gustavo, sob a orientação do professor Rafael Galli, aproveitam para submeter o Diana a novos testes, visando o aperfeiçoamento do projeto.

Funcionamento

O Diana tem por objetivo proporcionar ao usuário um sistema eletrônico que atue na busca por garantir as condições climáticas ideais para o cultivo, proporcionando um bom desenvolvimento da produção. O dispositivo possibilita visualizar os dados de temperatura, luminosidade, umidade relativa do solo e do ar em tempo real, e o sistema atua automaticamente controlando estas propriedades.

Os dados enviados digitalmente ao produtor são atualizados constantemente, garantindo uma precisão no monitoramento. Este sistema conta com sensores de pequenas escalas que realizam estas funções de análises. Assim, com escalas reduzidas, desenvolve-se o monitoramento ocupando o mínimo de área terrestre possível. O controle do clima é feito através de irrigadores, exaustores, sistemas de aquecimento e iluminação.

Vale destacar a compatibilidade para expansão do número de blocos de monitoramento e controle, permitindo que uma estufa em larga escala venha a usufruir deste sistema em diversas áreas na sua estrutura, ou que várias estufas pequenas desfrutem do mesmo sistema, sendo controladas independentemente. Tanto o sistema de monitoramento quanto o de controle são controlados através de um microcontrolador PIC, com algoritmos e circuitos eletrônicos desenvolvidos durante o projeto.

Além disso, o sistema disponibiliza uma interface central de comunicação com o usuário, que possui um teclado e um display LCD, permitindo que o produtor rural, por exemplo, analise os dados climáticos e configure o dispositivo. A configuração é realizada pelo usuário, que define no aparelho as propriedades climáticas desejadas para o cultivo, e o sistema atua controlando estas propriedades. Além da interface central, destaca-se o desenvolvimento de um software para dispositivos móveis, que possibilita ao usuário, através da tecnologia Bluetooth, comunicar-se com o dispositivo a distância.

O Diana apresenta diversas vantagens, como um melhor desenvolvimento da produção de hortifrutigranjeiros, prevenção contra danos ocasionados por intempéries climáticas, uma rotina de trabalho menos exaustiva aos agricultores e praticidade, já que poderá ser controlado por um dispositivo móvel.

A utilização do dispositivo possibilita ainda economia de água, uma vez que o sistema só utiliza o necessário para produção. Também não é necessária iluminação solar para produção, já que, com o Diana, é possível utilizar estufas controladas em ambientes internos.

 

Por Comunicação Social | Câmpus Pelotas

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