Giulia D’Avila Vieira toma posse como diretora-geral do câmpus Bagé

Em cerimônia envolvendo a comunidade, a diretora-geral do câmpus Bagé, Giulia D’Avila Vieira, tomou posse, nessa quarta-feira (23), para o novo mandato à frente da unidade. A solenidade, que contou com a presença do reitor Flávio Nunes, foi sucedida, no mesmo dia, pela inauguração da usina fotovoltaica e da estação de tratamento de efluentes do câmpus, marcando outro importante momento para a unidade.

Em seu discurso de posse, a diretora-geral compartilhou com os participantes uma das perguntas que, segunda ela, costuma ouvir e fazer a si mesma com frequência. “O que me faz aceitar o desafio de ser diretora-geral de uma instituição de ensino num tempo de crise política e, consequentemente, econômica, numa realidade de severos cortes orçamentários na educação?”, questionou a diretora, compartilhando sua inquietação. Como resposta à pergunta, ela foi enfática ao dizer que justamente por acreditar no investimento em educação como o contrário da crise política é que aceitou o desafio de lutar pelo acesso, permanência e êxito de todos os estudantes que buscam na formação oferecida pelo câmpus uma oportunidade de transformar a sua vida e a realidade que os cerca.

Ciente do compromisso envolvido em possibilitar essa transformação por meio da educação, Giulia, que ingressou em 2008 na instituição, comentou que foi a partir da missão do IFSul que passou a compreender o impacto do seu trabalho, na época como docente, na formação de outras pessoas: “ser professora de Química não se limitava ao desafio de ensinar conceitos e fórmulas... Ser professor é um desafio diário, que  envolve e exige consciência de luta pelos direitos dos sujeitos, resgate de sua dignidade, reconhecimento de sua identidade, resgate social, inclusão e também formação profissional”, complementou.

Exatamente pela missão do instituto buscar a formação integral do cidadão, trazendo inclusão e desenvolvimento social, a diretora-geral destacou que a instalação do câmpus na cidade de Bagé, distante geograficamente de outros centros educacionais, “oferece a possibilidade de acesso igualitário a um ensino público, gratuito e de qualidade, e possibilidades de ingresso no mercado de trabalho, fomento à pesquisa e extensão, que muito contribuem nos arranjos produtivos da região”.

Citando os números do câmpus, que conta atualmente com cerca de 595 estudantes, 44 docentes, 29 técnico-administrativos e 24 terceirizados, Giulia agradeceu a todos as pessoas comprometidas com o trabalho desenvolvido na unidade, as quais chamou de “parceiros de jornada” da “família IFSul”. Segundo ela, é com essas pessoas que divide planos, sonhos, realizações e preocupações para que o “câmpus Bagé possa oferecer o melhor em ensino, pesquisa e extensão para a cidade e região, de maneira a fazer a diferença na vida da comunidade, proporcionando formação pessoal, qualificação e acesso ao mercado de trabalho”.

Foi com uma frase de Paulo Freire que a diretora-geral encerrou seu discurso. Lembrando a conhecida frase “educação não transforma o mundo, educação muda as pessoas; pessoas transformam o mundo”, Giulia convidou os presentes a, a exemplo deste educador, aprenderem e ensinarem a “ler o mundo” para, daí então, transformá-lo.

A cerimônia também contou com a presença da vice-reitora, Adriane Menezes, da chefe de gabinete da Reitoria, Berenice Mattos da Silva, e da equipe diretiva do câmpus Bagé, além de servidores, estudantes e autoridades da comunidade.

A diretora-geral

Giulia Vieira é professora de química na instituição desde 2008, onde começou como professora substituta no câmpus Pelotas. Em 2011, tornou-se docente efetiva do IFSul no câmpus Venâncio Aires, vindo a exercer suas atividades no câmpus Bagé no ano de 2012. No câmpus, já foi coordenadora de Ensino, chefe do Departamento de Ensino, Pesquisa e Extensão e, desde agosto de 2016, diretora-geral do câmpus, assumindo agora seu segundo mandato.

Data também foi marcada por inauguração

Além da cerimônia de posse da diretora-geral, também foi feita, na mesma ocasião, a inauguração da usina fotovoltaica e da estação de tratamento de efluentes do câmpus. Com a implantação dos sistemas, o câmpus, além de contar com uma significativa economia financeira, também estará alinhado à sustentabilidade.

Por Greice Gomes | Jornalista - CCS/Reitoria