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Aluna do câmpus Pelotas é a única representante dos institutos federais gaúchos em programa de intercâmbio

Júlia é aluna do TSI

  • Publicado: Sexta, 22 de Julho de 2016, 08h47
  • Última atualização em Sexta, 22 de Julho de 2016, 11h55

 

No início de setembro, Júlia Bittencourt de Freitas Luz vai realizar o seu maior sonho. Única representante dos institutos federais gaúchos contemplada com bolsa de estudos no Canadá, a jovem de 20 anos, aluna do curso superior de Tecnologia em Sistemas para Internet (TSI) do câmpus Pelotas, ainda não faz ideia de quantas malas levará para o intercâmbio de 16 meses naquele país, mas de uma coisa ela tem certeza: na bagagem, já está reservado um cantinho especial para a cuia, bomba e os pacotes de erva-mate. O bom e velho chimarrão será o companheiro diário nesta longa jornada, onde a saudade da família e dos amigos deve ser o maior desafio da estudante, que precisou até mesmo sacrificar o orçamento de casa para bancar as despesas com a confecção do passaporte.

Esta será a primeira experiência internacional de Júlia. Até então, a viagem mais longa da vida dela tinha sido em 2013, quando saiu de Camaquã, sua cidade natal, para visitar uma tia em Caçapava, no interior de São Paulo. No entanto, no dia 8 de julho, um e-mail enviado pela Colleges and Institutes Canada (CICan) provocou uma reviravolta na rotina da estudante. A entidade, em uma parceria com o Conselho Nacional das Instituições de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), é a responsável pelo programa de intercâmbio que selecionou dez estudantes de cursos superiores de tecnologia oferecidos por institutos federais brasileiros.

“Sabia que o resultado ia sair no dia 8 de julho. Nesse dia, passei o tempo inteiro com o celular na mão, atualizando a toda hora o meu e-mail. Quando vi a mensagem deles, com aquele “Congratulations!”, minhas pernas ficaram bambas, e soltei um grito. Comemorei muito com a minha mãe e depois já avisei o restante da família, via WhatsApp”, conta Júlia, que desde criança sonha em conhecer o Canadá. O país da América do Norte sempre fascinou a jovem pela cultura e pelas belezas naturais.

 Por isso, a estudante revela que, assim que entrou no IFSul, em 2015, sua obsessão pelo Canadá se intensificou. Sem exagero algum, ela tornou-se uma caçadora de editais relacionados a intercâmbios. Em maio, enfim, sua busca teve um final feliz, quando se deparou com a pré-seleção do IFSul para o programa de concessão de bolsas de estudos da CICan.

“Nem acreditei. Parece que o edital foi feito pra mim. Intercâmbio, e ainda mais para o Canadá... Meu Deus, era tudo o que eu queria”, comemora.

Na pré-seleção do IFSul, Júlia reuniu a documentação necessária e apresentou um coeficiente acadêmico de 8,97 e proficiência 597 em inglês. O idioma, aliás, não foi um obstáculo. A estudante é fluente desde os 17 anos e já deu aulas de inglês para adolescentes e adultos. Na entrevista com a CICan, realizada via Skype, teve seu nível elevado para C1, um abaixo do nível de nativos da língua, que é C2.

 

Júlia ainda não sabe em qual cidade canadense vai ficar. Em sua inscrição, optou por duas instituições de ensino localizadas no estado de Ontário, a Niagara College, em Welland, e a Fanshawe College, em London. Em ambas, o que mais chamou a atenção foram as ofertas de cursos na área de desenvolvimento para web. Agora, a expectativa é pelas próximas orientações da CICan, que vão determinar o local de hospedagem, a universidade e o plano de estudo da brasileira no Canadá.

 

Sacrifícios

 Em nome do sonho de conhecer o Canadá, Júlia não mediu esforços. Com o apoio da mãe Simone, deixou de pagar as contas de luz e da Internet para poder custear as despesas com a confecção do passaporte. Sacrifício que deve comprometer o orçamento doméstico pelo menos mais uma vez, quando chegar a hora de viajar para tirar o tão esperado visto.

 “Não sei como vou fazer, mas vou conseguir o dinheiro necessário. Nem que eu tenha que pedir ajuda da família e dos colegas. Se for preciso, faço até campanha nas redes sociais. Não vou desistir do meu sonho justo agora, né?”, desabafa Júlia, que vive com uma renda mensal bem apertada. Ela e a mãe moram em um apartamento alugado em Pelotas. Atualmente, ambas são estagiárias - Júlia no IFSul e a mãe Simone na UFPel – e se viram como podem para administrar o orçamento mensal. Júlia ainda recebe do câmpus Pelotas auxílios alimentação e moradia, o que, segundo ela, ajuda a amenizar um pouco a situação.

 O lado financeiro não abala tanto a estudante quanto a possibilidade de ficar longe daqueles que mais gosta. O intercâmbio só termina em dezembro de 2017 e, até lá, o Skype será a salvação para os dias em que a saudade apertar. A promessa é de longas conversas, principalmente com a mãe e os amigos Calebe Borges, 19, e Júllia Alves, 18, companheiros inseparáveis (foto) que conheceu nesses três semestres de TSI.

A bolsa de estudos no Canadá vai custear uma série de despesas. A lista inclui passagens aéreas de ida e volta, subsídios para aquisição de material de estudo, auxílio financeiro para moradia, seguro médico internacional, taxas escolares, despesas com testes de idiomas e uma espécie de mesada para o estudante utilizar livremente no dia a dia.Durante os 16 meses de intercâmbio, Júlia participará de cursos de línguas, frequentará dois semestres acadêmicos (oito meses), além de um estágio de dois a três meses na área de estudo ou projeto de pesquisa. 

 

 

Informações da Comunicação do câmpus Pelotas 

 

 

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