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Dezembro Laranja – O sol e o câncer de pele

  • Publicado: Quinta, 05 de Dezembro de 2024, 08h16
  • Última atualização em Quinta, 05 de Dezembro de 2024, 08h19

Enf. NALBA MIRENDA

NASS/DADEP/PROGEP

Dezembro/2024

 

A estimativa de incidência de câncer no Brasil prevê 704 mil casos novos para o triênio 2023-2025, com destaque para as regiões Sul e Sudeste, com cerca de 70% da incidência.

Entre os 21 tipos de câncer mais incidentes no país, o tumor maligno de pele não melanoma é o que mais acomete, com 31,3% do total de casos, seguido pelos de mama feminina (10,5%), próstata (10,2%), cólon e reto (6,5%), pulmão (4,6%) e estômago (3,1%).

Durante o verão a radiação solar incide com mais intensidade sobre a terra e é quando aumentam das atividades realizadas ao ar livre, consequentemente, o risco de insolação e queimaduras que favorecem o desenvolvimento do câncer e outros problemas de pele. A foto proteção é imprescindível para aproveitar a estação sem colocar a saúde em risco.

Atenção, pessoas de pele negra têm maior quantidade de melanina (proteção “natural”), mesmo assim não podem se esquecer da foto proteção, pois estão sujeitas a queimaduras, câncer da pele e outros problemas assim como as pessoas de pele mais clara. Todos precisam usar filtro solar, roupas e acessórios apropriados diariamente.

 

Como se proteger?

O verão é o momento de intensificar o uso de filtro solar, que deve ser aplicado diariamente, e não somente nos momentos de lazer.  O fator de proteção solar (FPS) acima de 30 é recomendado para uso diário e também para a exposição mais longa ao sol (praia, piscina, pesca etc.) e deve proteger contra os raios UVA (indicado pelo PPD) e contra os raios UVB (indicado pelo FPS). Deve ser aplicado 30 minutos antes da exposição solar, para que a pele o absorva. Distribuí-lo uniformemente em todas as partes de corpo, incluindo mãos, orelhas, nuca e pés e reaplicar a cada duas horas. Porém, atenção, esse tempo diminui se houver transpiração excessiva ou se entrar na água.

Além disto, é importante usar chapéu e roupas de algodão nas atividades ao ar livre, que bloqueiam a maior parte da radiação UV.  Os tecidos sintéticos, como o nylon, bloqueiam apenas 30%. Evite a exposição solar entre 10 e 16 horas (horário de verão). As barracas usadas na praia devem ser feitas de algodão ou lona, materiais que absorvem 50% da radiação UV.  Outro objeto de extrema importância são os óculos de sol, que previnem catarata e outras lesões nos olhos.

É importante também proteger as cicatrizes novas e as antigas pois, embora seja mais raro, ainda há risco de desenvolvimento de tumores. A proteção pode ser feita por barreira física como adesivos, esparadrapos ou por meio do uso de filtro solar.

Em crianças, a partir dos seis meses de idade iniciar o uso do filtro solar indicado para a idade. Sendo a pele mais sensível, usar preferencialmente filtros físicos. Recomenda-se buscar orientação com pediatra ou dermatologista, mas é preciso que crianças e jovens criem o hábito de usar o protetor solar diariamente.

No banho, recomenda-se usar sabonetes compatíveis com o tipo de pele, porém, sem excesso. A temperatura da água deve ser fria ou morna, para evitar o ressecamento.

Também precisamos de mais hidratação, por dentro e por fora. Portanto, deve-se aumentar a ingestão de líquidos, abusar da água, dos sucos de frutas, da água de coco e plicar um bom hidratante, que ajuda a manter a quantidade adequada de umidade na pele.

Apostar em alimentos com alto teor de água e fibras e baixo teor de carboidratos, como frutas, verduras e legumes ajuda a hidratar o corpo, previne doenças e adia os sinais do envelhecimento.

Alguns alimentos como frutas e legumes de cor alaranjada ou vermelha (cenoura, abóbora, mamão, maçã e beterraba...) também podem ajudar na proteção da pele e prevenir danos que o sol causa, eles contêm carotenoides, substância que se deposita na pele e tem importante ação antioxidante.

A combinação sol, areia, praia, piscina e excesso de suor elevam o risco de algumas doenças da pele como micoses, brotoejas, manchas e sardas brancas e acne solar.

 

Texto com base em dados do INCA e SBD (sociedade Brasileira de Dermatologia)

 

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