Estudante do IFSul é selecionado para intercâmbio de imersão científica e tecnológica no Japão
Diogo Marth, do câmpus Pelotas, integra grupo de estudantes da Rede Federal que está participando do Sakura Science Exchange Program. Além dele, a professora Bianca Rossato, do câmpus Gravataí, também compõe a comitiva, acompanhando os estudantes na missão internacional
É no Japão, um dos países de maior desenvolvimento tecnológico do mundo, que um estudante do IFSul está tendo a oportunidade de fazer um intercâmbio de imersão cultural e científica junto a outros estudantes da Rede Federal de diferentes regiões do Brasil. Diogo Marth, aluno do curso técnico integrado em Química do câmpus Pelotas, desembarcou no país no domingo, onde ficará ao longo de toda esta semana, retornando no sábado (22).
Diogo, que tem 19 anos e está no 7º semestre do seu curso, é um dos nove estudantes da Rede Federal selecionados para participação no Sakura Science Exchange Program, um intercâmbio de curta duração no Japão voltado a estudantes brasileiros da educação profissional e tecnológica.
O programa prevê visitas a centros de pesquisa e universidades do país, participação em seminários, entre outras atividades junto a alunos do ensino médio japoneses e de outros países participantes. Também integram o grupo estudantes da Argentina, Chile, Sri Lanka, Taiwan e Nepal.
O Sakura Science Exchange Program é promovido e custeado pela Agência de Ciência e Tecnologia do Japão (JST) e pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação (MEC), em parceria com o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif).
Esta é a segunda vez que um estudante do IFSul é selecionado para o programa. A primeira representante do instituto foi a aluna do câmpus Gravataí Gabriela Tomaz do Amaral Ribeiro, que participou do intercâmbio em 2019.
Méritos acadêmicos foram determinantes para a seleção
Para participar da seleção, realizada por meio de edital do Conif, Diogo precisou atender a uma lista de requisitos. Entre os critérios considerados estavam rendimento escolar, méritos acadêmicos - como participação em atividades de extensão e pesquisa e premiações em olimpíadas de conhecimento -, além de uma carta de motivação e de um certificado de proficiência em inglês. Também era necessário ser maior de 16 anos e estar matriculado no ensino médio de um Instituto Federal.
O estudante conta que, ao saber sobre a seleção pelo e-mail acadêmico, achou muito curiosa a oportunidade. Ao pesquisar sobre o programa, Diogo relata que começou a sonhar com a possibilidade, já pensando em todos os documentos que precisaria conseguir se decidisse se candidatar. “Nesse ponto, foi importante minha motivação, pois isso parecia uma realidade muito distante. Acho que o que me mobilizou foi a curiosidade que tenho por ciência e toda a trajetória que isso já me proporcionou”, relembra ele.
Estudar no IFSul foi divisor de águas no acesso a oportunidades
Para participar da seleção ao intercâmbio, os candidatos deveriam ser estudantes de Institutos Federais brasileiros como o IFSul. Mas, para Diogo, a oportunidade de participar deste intercâmbio é uma das muitas possibilidades que o IFSul já ofereceu ao longo da sua formação. "Muito além disso, percebo como eu ter decidido estudar no IFSul mudou completamente minhas perspectivas de futuro. Eu sou do interior de São Lourenço do Sul e vim morar em Pelotas buscando melhor qualidade de ensino. A partir do contato com professores e colegas que o instituto proporcionou, tive muitas experiências além da sala de aula, como olimpíadas e grupos de estudo, que contribuíram não só para a minha seleção, mas para a própria atitude de me inscrever”, conta o estudante.
Experiência representa evolução acadêmica e pessoal
Para Diogo, a experiência no Japão está sendo uma oportunidade de crescimento em muitos aspectos. “Acredito que essa experiência está sendo mais um grande passo na minha evolução acadêmica e pessoal, assim como foi a entrada no IFSul. Cada etapa dessa trajetória transforma a minha maneira de ver o mundo e o impacto que eu desejo ter nele”, destaca o estudante, que conta estar aproveitando ao máximo a oportunidade. Segundo ele, a expectativa até o final da viagem é de poder ter contato com tecnologias e culturas completamente novas e conseguir relacionar tudo isso com a realidade de onde vive.
Servidora do IFSul também integra comitiva brasileira
Na viagem, os estudantes são acompanhados por dois servidores da Rede Federal e, nesta edição do Programa, uma dessas pessoas é a professora de Literatura, Língua Portuguesa e Língua Inglesa Bianca Rossato, também do IFSul. A docente, do câmpus Gravataí, integra a comitiva brasileira como uma das tutoras do grupo, acompanhando os jovens selecionados nas atividades previstas.
Estudantes da Rede Federal são “muito qualificados e autônomos”
Acompanhar os estudantes brasileiros na viagem, além de uma considerável responsabilidade, tem sido, de acordo com Bianca, uma grande fonte de orgulho. Segundo ela, por terem passado por um processo de seleção rigoroso, os estudantes selecionados “são muito qualificados, autônomos e trazem um pouco do tempero da sua cultura local, da sua região, do seu estado”.
Além disso, a docente conta que chama atenção a independência e a iniciativa dos estudantes da Rede Federal brasileira. “São eles que têm promovido as interações sociais com outros estudantes, eles têm sido muito participativos”, comenta. Em uma atividade na Universidade de Tóquio, por exemplo, o grupo todo teve uma conversa com um professor brasileiro que mora no Japão há 38 anos e, segundo a docente, “nossos estudantes fizeram várias perguntas, sempre muito qualificadas e relacionadas ao assunto discutido. O País está sendo muito bem representado por esses jovens”.
Experiência internacional como janela para desenvolvimento em muitos aspectos
Mesmo já tendo na bagagem algumas experiências no exterior em participação de eventos e intercâmbios, a professora do câmpus Gravataí conta que a viagem ao país asiático é uma imersão cultural muito marcante em vários sentidos. “Tem sido uma experiência, inclusive, de redescoberta do nosso lugar no mundo, do quanto a gente tem e pode aprender com os mais diversos povos.”
A própria candidatura da docente à oportunidade de ser tutora do grupo brasileiro fala um pouco do alinhamento da experiência com o seu momento de vida. Mãe de uma menina de três anos, nascida durante a pandemia, Bianca percebeu a oportunidade como uma forma de contribuir com sua experiência profissional, mas agora com toda a vivência proporcionada pela nova fase que vive.
“No caso das mulheres, o processo de maternidade é uma transformação muito grande, então eu senti que precisava retomar um pouco aquilo que eu gosto de fazer: viajar, estudar e aprender, que são coisas que sempre estiveram interligadas e presentes na minha vida. Boa parte das viagens que eu tenho para fora do país são sempre para participar de eventos relacionados ao estudo”, conta a docente. Bianca complementa que, além de representar um desafio importante na sua carreira - devido à responsabilidade de acompanhar estudantes de todas as partes do País num intercâmbio a um país tão distante -, ter se candidatado à oportunidade também foi uma forma de contribuir e valorizar o empenho das pessoas e instituições envolvidas na disponibilização desses editais de cooperação internacional.
Oportunidades de intercâmbio no IFSul
A mobilidade internacional é uma das muitas oportunidades oferecidas pelo IFSul, e os estudantes interessados em participar de intercâmbios podem acompanhar essas possibilidades por meio de editais lançados e/ou divulgados pela instituição. De acordo com o diretor de Assuntos Internacionais do IFSul, César Nogueira, é importante que os estudantes que buscam esse tipo de oportunidade fiquem atentos aos seus e-mails institucionais, site e redes sociais do IFSul e, também, às publicações realizadas no espaço de Editais da instituição, no botão Internacional.
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