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Imersão cultural do campus Passo Fundo tratou da imigração

Evento realizado na semana passada abordou globalização, religião e economia

  • Publicado: Sexta, 13 de Novembro de 2015, 07h00
  • Última atualização em Sexta, 13 de Novembro de 2015, 09h51

 

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Português, Wolof e Francês. Esses foram os idiomas ouvidos pelos participantes da Imersão Cultural do IFSul campus Passo Fundo, realizada na semana passada. Com o auditório lotado, o evento contou com a palestra ministrada pelo Prof. Dr. João Carlos Tedesco, e um debate entre o Senegalês Mamour Badiane Ndiaye e o Haitiano Lubin Israel, com mediação da Vereadora Cláudia Furlanetto.

“O mundo está cada vez mais migrante. O mundo contemporâneo cria e possibilita isso.” Foi assim que o Prof. Tedesco começou sua palestra, explicando que hoje existem mais 230 milhões de imigrantes no mundo. Atuando como professor titular da Universidade de Passo Fundo, nas áreas de Ciências Sociais e no Mestrado em História. Tem experiência na área de Sociologia, história e economia regional, principalmente nos seguintes temas: memória, imigração, trabalho e movimentos sociais, temas sobre os quais tratou na noite de ontem. Globalização, religião e economia foram alguns outros temas tratados pelo professor. “Não podemos ver os imigrante a partir do país de destino, mas sim do seu país de origem”, disse, ao explicar que a intensificação do fenômeno migratório em um tempo muito curto tornou-se uma questão humanitária. 

O evento, aberto a comunidade em geral contou com presença de Senegaleses, muitos deles recém-chegados ao Brasil e ainda sem dominar o português. Mas eles também puderam prestigiar e compreender a palestra de Tedesco, que teve suas palavras traduzidas para o idioma Wolof por Mamour Badiane Ndiaye. Mamour é um entre as centenas de imigrantes senegaleses que Passo Fundo acolhe. Chegou ao país em 2009, e desde então se tornou o porta-voz do seu povo em Passo Fundo. “Nunca vou deixar meus irmãos, se formos passar fome, vamos passar fome juntos” contou. Lubin Israel, também contou sua história. O Haitiano que chegou ao Brasil em 2012, mesmo com dificuldades com a língua portuguesa hoje é aluno do curso Técnico em Mecânica do IFSul.

O final do evento contou com a apresentação da banda Africa West Music formada pelos Senegaleses, que deu um grande show de performances.

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