Tem início, no câmpus Passo Fundo, o maior evento científico do IFSul
A Mostra de Produção começou nesta terça-feira com programação cultural, apresentações de projetos e mesas de troca de experiências
Quem olha o mapa do nosso estado já consegue imaginar que uma viagem entre Santana do Livramento e Passo Fundo requer umas boas horas de estrada. E foi justamente esse o percurso feito pelo ônibus que levou a estudante Isabella Antonello e seus colegas para a Mostra de Produção do IFSul, o maior evento científico e tecnológico do instituto, que começou nesta terça-feira (30). Após nove horas de viagem, o grupo chegou ao câmpus situado no norte do estado, unindo-se a outros estudantes vindos de outros diferentes câmpus do IFSul.
Mesmo após tanto tempo na estrada, a estudante conta que a expectativa para o evento é grande. “No ano retrasado, fomos nós que recebemos a Mostra lá em Santana do Livramento; agora, nós que viemos trazer nossos trabalhos para outro câmpus do IFSul”, relembra Isabella. Junto com a estudante, o grupo de amigos vindo da fronteira conta que os projetos trazidos para o evento são dos mais diferentes temas, como eficiência energética, diversidade e automação residencial.
E a variedade temática é realmente marca registrada do evento. Vinda do câmpus Pelotas-Visconde da Graça, a estudante Valéria Terra Furtado comenta que está participando pela primeira vez da feira. Aluna de graduação do curso de design de moda, ela trouxe para a mostra um trabalho de extensão sobre a cultura africana vista a partir das vestimentas. Valéria espera apresentar os resultados parciais de seu trabalho e conhecer outros pesquisadores e suas experiências.
Também pela primeira vez na mostra, o extensionista Gustavo Fernando Vilani, do câmpus avançado Novo Hamburgo, acredita que a experiência de apresentar trabalho no evento pode contribuir com a formação do estudante. “Ainda estou um pouco nervoso, mas desde que entrei no IF, no início do ano, sempre tive experiências muito boas. Acho que vou gostar bastante da mostra, porque aqui conseguimos ver toda a grandeza do instituto”, destaca. Aluno do técnico em mecatrônica, ele está expondo na mostra os resultados parciais do seu projeto, no qual os estudantes do instituto fazem protótipos e kits de robótica para realizar oficinas com alunos de escolas municipais da cidade.
Programação começou com apresentações e mesas de troca de experiências
Com a presença de estudantes e servidores dos 14 câmpus do IFSul, a Mostra de Produção teve início nesta terça-feira. No primeiro dia de evento, além da abertura oficial, também começaram as apresentações de pôsteres e as mesas de troca de experiências. As apresentações culturais foram também um destaque do primeiro dia. Subiram ao palco do auditório a orquestra sinfônica de Estação e a banda ConboS, do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS).
Com temas multidisciplinares, a programação, que segue até quinta-feira, contará com 10 mesas de trocas de experiências e 120 pôsteres extensionistas, 18 mesas e 111 pôsteres de pesquisa, além de 19 apresentações orais de projetos de ensino.
Cerimônia de abertura
O reconhecimento ao trabalho da organização, o agradecimento especial aos estudantes e a defesa da Rede Federal marcaram as falas das autoridades presentes na cerimônia de abertura. Entre reitor, diretor do câmpus e pró-reitores, o foco no aluno esteve em destaque, junto com a indissociabilidade do ensino, da pesquisa e da extensão.
De acordo com o reitor Flávio Nunes, a importância de se criar espaços como os da Mostra de Produção está na possibilidade de mostrar a qualidade da educação do IFSul. “Eu gostaria que estivessem aqui ainda mais alunos, que muitos mais participassem de projetos, porque é muito importante defender os Institutos Federais e a qualidade dessa educação que eles proporcionam”, destaca.
Dados como os do último Índice da Educação Básica (Ideb) foram apresentados para corroborar com a defesa dos investimentos em educação. Segundo esses dados, enquanto a Rede Federal tem 50% de estudantes com nível avançado de conhecimentos em português e matemática, a rede privada tem 25%. Já a rede estadual, somente 5%. “Isso mostra que é preciso seguir investindo”.
Já o diretor do câmpus Passo Fundo, Alexandre Pitol, aproveitou o espaço para reforçar o alinhamento da gestão da unidade com as políticas de educação da instituição. “Acredito que sejamos o câmpus que está, geograficamente, mais distante da reitoria, mas estamos muito perto nas nossas ações e objetivos”, afirmou. Enquanto saudava as demais delegações e o trabalho daqueles que se empenharam para promover o evento, o diretor lembrou que a educação é uma via de duas mãos e que serão três dias para aprender com os estudantes.
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