Estudantes do câmpus Pelotas-Visconde da Graça compartilham experiência de mobilidade internacional em Portugal
As estudantes Laurelise Alves e Candice Kemmerich estudaram no Instituto Politécnico de Bragança por meio de parceria entre as duas instituições
No lugar do sotaque gaúcho, a pronúncia tipicamente portuguesa. Ao invés da carne vermelha, peixe. Em oposição à agitação, a calma de uma tranquila cidade do norte de Portugal. Essas foram apenas algumas das mudanças vivenciadas por Laurelise Alves e Candice Kemmerich, estudantes dos cursos de licenciatura em ciências biológicas e química do câmpus Pelotas-Visconde da Graça nos últimos meses.
As meninas foram selecionadas para participar da mobilidade discente que as levou para a cidade de Bragança, em Portugal, onde ficaram entre fevereiro e março deste ano. No período, desenvolveram trabalhos voltados para as suas áreas e tiveram acesso a toda a infraestrutura do Instituto Politécnico de Bragança (IPB).
A rotina de estudos de Candice incluía investigar como os conteúdos específicos da química são aplicados nas escolas de ensino básico no país europeu. A ideia era constatar se o conhecimento produzido na área estava ou não impactando positivamente o cotidiano de quem está aprendendo. Já Laurelise se dedicou a analisar as metodologias de ensino trabalhadas no IPB e as tecnologias que o instituto usa em sala de aula, especialmente os vídeos. Para isso, aplicou uma pesquisa com todos os professores da licenciatura da entidade.
Cada uma das estudantes contou com a orientação de dois profissionais ao longo do desenvolvimento de suas pesquisas, um em Portugal e outro no Brasil. Professores do câmpus Pelotas-Visconde da Graça, Fernando Brod e Rita Seixas recorreram aos e-mails e às redes sociais para orientar as estudantes a distância.
Experiência além da Academia
Além dos estudos, o intercâmbio possibilitou conhecer novas culturas e costumes, e o frio também foi protagonista da viagem. Enquanto as temperaturas máximas em Pelotas batiam na casa dos 30 graus, a Europa registrava nevascas que não poupavam nem as cidades pouco habituadas com o fenômeno. “Nevou muito em Bragança, além do frio de -8ºC que pegamos. Nada comparado ao nosso frio úmido do Rio Grande do Sul. Lá é seco, não há vento”, conta Candice.
A informação de que o frio existe no Brasil aliás, gerou surpresa entre os estudantes africanos, europeus e asiáticos com quem as meninas conviveram na pousada da juventude, onde ficaram hospedadas. Laurelise comenta que a ideia de que existia frio em algum ponto do Brasil era novidade para esses alunos.
Passada a estadia em Portugal, Laurelise diz que o período em outro país serviu de aprendizado não apenas sobre questões ligadas à profissão que quer desempenhar, mas também para a vida inteira. “Acredito muito nesse tipo de incentivo que as instituições oferecem aos alunos. É uma maneira de aprendermos muito”, concluiu.
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