Lei das cotas amplia inclusão e facilita acesso de pessoas com deficiência ao IFSul
O primeiro vestibular da instituição com reserva de vagas para esse público teve mais de 50 aprovados, entre os 14 câmpus
As provas em formatos acessíveis, como Braille e ampliado ou a tradução em libras, são apenas o início das mudanças. Com a Lei 13.409/2016, que estabelece a política de cotas para pessoas com deficiência, devem vir muitas adequações, necessárias para receber os 52 PCDs aprovados no último vestibular do IFSul.
Algumas dessas mudanças já vêm acontecendo mesmo antes do processo seletivo, coordenadas pelo Departamento de Educação Inclusiva da Reitoria do instituto. Outras necessidades acabam por serem identificadas quando da inscrição dos candidatos, com o apoio do Departamento de Seleção, articulando-se com os câmpus. As solicitações de provas em formatos acessíveis, ledores, softwares acessíveis para leitores de tela, temporalidade diferenciada e outros, dão uma ideia dos desafios futuros.
Desafios que, segundo a chefe do Departamento de Educação Inclusiva - Depei, da Pró-reitoria de Ensino, Rosane Bom Hüsken, devem ser enfrentados levando-se em conta três aspectos importantes e inter-relacionados. A construção de uma cultura, de políticas e de práticas inclusivas, que vão se consolidando ao longo do tempo. Para ela, apenas assegurar o ingresso dos estudantes com deficiência não é suficiente, é preciso garantir a permanência, a participação e a aprendizagem.
Rosane explica que a instituição deve buscar esses objetivos por meio da oferta de serviços e de recursos de acessibilidade que eliminem as barreiras e promovam a inclusão plena, atendendo às características dos estudantes com deficiência. “O percurso formativo dos alunos deve se assegurado em condições de igualdade, promovendo a conquista e o exercício de sua autonomia”, comenta, conforme preconiza o Estatuto da Pessoa com Deficiência.
Entre as propostas já consolidadas na Depei, estão as parcerias com sistemas de Ensino e também com Instituições formadoras de profissionais na área do Atendimento Educacional Especializado. Além disso, cada um dos 14 câmpus contam com os Núcleos de Apoio aos estudantes com Necessidades Específicas – NAPNEs, assessorados pelo Depei, que também acompanham esse processo desde o vestibular.
Outra iniciativa do Departamento, em parceria com a Pró-reitoria de Gestão de Pessoas, é a oferta do Curso de capacitação para servidores sobre Educação Inclusiva e o Atendimento Educacional Especializado, que terá início ainda neste primeiro semestre de 2018. O curso será ofertado na modalidade EAD, com 150 vagas distribuídas entre seus 14 câmpus, com o intuito de qualificar os servidores (tanto professores quanto técnicos administrativos), subsidiando sua atuação profissional na área da educação inclusiva, a fim de garantir uma educação de qualidade para todos.
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