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Projeto desenvolvido pelo IFSul ajuda alunos da Rede Municipal a desenvolverem o raciocínio lógico

Bolsistas do câmpus Pelotas estão tendo a oportunidade de praticar a docência em escolas públicas e colaborar com a solução de uma dificuldade muito comum entre os estudantes brasileiros

  • Publicado: Terça, 07 de Novembro de 2017, 13h39
  • Última atualização em Terça, 07 de Novembro de 2017, 13h39

Ajudar alunos das escolas municipais de Pelotas a desenvolver a capacidade de resolver problemas e, ao mesmo tempo, proporcionar aos estudantes de licenciatura do IFSul experiência em sala de aula. Isso tem sido possível por meio de uma das iniciativas do Projeto Institucional de Bolsas de Incentivo à Docência (Pibid), que contempla bolsistas do curso de licenciatura em computação do câmpus Pelotas. Durante a execução do projeto os bolsistas trabalham com alunos do ensino público o desenvolvimento do raciocínio lógico com o auxílio de um aplicativo (Scratch), com o qual se pode programar histórias próprias, jogos e animações interativos.  

O projeto, que teve início em 2015, atende mais de 100 alunos de 8ºs e 9ºs anos atualmente e é desenvolvido em três escolas municipais de Pelotas: Doutor Alcides Mendonça Lima, Jacob Brod e Bibiano de Almeida. Em cada escola, três turmas são contempladas com o projeto e cada turma recebe uma hora aula por semana. A proposta do grupo de pesquisa, coordenado pelo professor Róger Albernaz de Araujo, é introduzir o raciocínio lógico e proporcionar a interação entre várias áreas do conhecimento, a partir do aplicativo Scratch. A partir da plataforma, os alunos criam jogos didáticos com os conteúdos estudados em aula.

A ideia do projeto se originou do que foi constatado no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), que mensura qual o nível de capacidade que o estudante tem de resolução de problemas: o Brasil ficou em antepenúltimo na classificação. “O nosso estudante não está capacitado para resolver problemas, raciocinar. Com as formações, o projeto busca ensinar a lógica, que é uma forma de sequenciar raciocínio, que te ajuda não só na matemática, mas a escrever um texto, estudar”, afirma Róger.

O projeto começou focado no ensino médio do Colégio Pelotense, e as formações com os alunos eram extraclasse, em horários alternativos. Róger conta que entrou em contato com o secretário da educação, buscando fazer parte do currículo das escolas. Hoje, por meio de capacitação com os professores dos colégios participantes, foram cedidos 45 minutos semanais para a realização do projeto, em disciplinas variadas.

A troca de experiências tem sido proveitosa. “Fizemos avaliações do projeto aplicando questionários aos estudantes das escolas e foi extremamente positivo, mais de 90% de avaliaram como “excelente”. Os alunos estão bastante engajados com o projeto”, destaca o professor. 

A experiência para os bolsistas 

Gabriel Barros é bolsista do projeto e conta que ter a experiência de docência é diferente do que se aprende em sala de aula. “Às vezes quando estamos em sala de aula, idealizamos as coisas. Nós chegamos na escola para dar aula esperando uma realidade, e encontramos várias outras. Mas estar em sala de aula é fantástico, e esperamos que não seja uma experiência boa só para nós, mas que possamos contribuir com a formação dos alunos”, ressalta. 

Segundo Gabriel, o retorno tem sido muito positivo, devido a grande proximidade dos estudantes com a tecnologia, o que faz com que eles participem da aula e a tornem muito mais animada e proveitosa. “Eles ficam muito animados de trabalhar no computador, fazer uma atividade diferente das demais aulas. O nosso projeto busca levar a aprendizagem de uma maneira lúdica. A ideia não é que eles tenham que decorar o conteúdo, e sim aprender brincando”, finaliza.

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