Câmpus Pelotas - Visconde da Graça receberá parque inclusivo
Projeto atenderá principalmente crianças com mobilidade reduzida ou alterações sensoriais e intelectuais, em parceria com outras entidades do município
Brincar em um parque ao ar livre é, para as crianças, um momento de descobertas. Nem sempre, no entanto, este mundo de sensações e aprendizados está acessível a todos. Para aqueles que têm alguma deficiência, por exemplo, é ainda mais difícil. Uma parceria entre o câmpus Pelotas – Visconde da Graça do IFSul (CaVG), entidades parceiras e o projeto Anna Laura Parque Para Todos (ALPAPATO) deve mudar essa realidade em Pelotas. Um parque inclusivo será construído no câmpus para receber crianças com e sem deficiência, promovendo a integração entre elas.
Criado em 2013, o projeto é uma homenagem a Anna Laura Fischer e possui outros seis parques instalados pelo Brasil, sendo um espaço seguro e de interação para todos. Brinquedos pensados principalmente para atender crianças com mobilidade reduzida ou alterações sensoriais e intelectuais devem ocupar, até abril, parte da área verde do câmpus CaVG. Anualmente, são centenas de candidaturas para receber o projeto, o que torna ainda mais significativa a opção por Pelotas e pelo IFSul.
O presidente da ONG, Rodolfo Fischer, esteve em Pelotas na última quarta-feira (25) para visitar a área onde o parque será construído. O projeto tem o apoio de instituições como Cerenepe, Alfredo Dub, Capta, Apae, Louis Braille e Associação de Surdos e sua construção será toda custeada pela ALPAPATO. Entre as poucas exigências de contrapartida estão a manutenção do local e o uso efetivo dos espaços e brinquedos por aqueles que realmente precisam. “Temos uma série de critérios na hora de escolher quem receberá a doação, mas um dos principais é o número de crianças potencialmente assistidas”, explica Fischer.
A candidatura do CaVG foi feita pelo Núcleo de Apoio a Pessoas com Necessidades Específicas (Napne) e, segundo o professor Raymundo Ferreira Filho, a doação foi anunciada em julho. “Ficamos extremamente felizes com a doação porque isso vai mudar o panorama do acesso das crianças aos espaços de interação”, afirma. O professor explica que o parque tem três vieses fortes, que são as terapias ao ar livre, o próprio ato lúdico de brincar e a socialização.
A doação do parque para uma instituição que não é a principal beneficiada com o investimento é vista como diferencial. Além da parceria com as várias entidades que atendem ao público principal do projeto, questões como segurança, transporte, acessibilidade e arborização do espaço foram levados em consideração.
O presidente da ALPAPATO mostrou fotos de outros parques e explicou alguns detalhes dos brinquedos a serem instalados. Ele esteve na reitoria do IFSul, também na última quarta-feira, reunido com a vice reitora do IFSul, Adriane Meneses, com o professor Raymundo Ferreira Filho e com a chefe do Departamento de Educação Inclusiva, Rosane Bom Husken.
A construção do parque deve ser concluída em até seis meses e a expectativa é de que até abril já possa receber os usuários.
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