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Extensão

Mostra de Produção reúne projetos que vão além dos muros do IFSul

Trabalhos apresentados revelam iniciativas dos alunos de levarem transformação social às comunidades onde estão inseridos

  • Publicado: Sexta, 20 de Outubro de 2017, 15h07
  • Última atualização em Sexta, 20 de Outubro de 2017, 15h09

Sabe aquela aula quadrada que afugenta os alunos e faz muita gente odiar matemática? E aquela dificuldade em lidar com o computador que impede o acesso a um mundo de informações na internet? Tem também aquelas ideias preconcebidas que impedem algumas pessoas de aceitarem outras. Pois é, o mundo está cheio de problemas. A boa notícia, no entanto, é que também tem muita gente tentando melhorá-lo. Pelo menos é o que se viu nas mesas de troca de experiências da Extensão na Mostra de Produção do IFSul, que aconteceu no câmpus Sapucaia do Sul, entre terça (17) e quinta-feira (19).

Foram mais de 80 projetos apresentados tendo como foco as comunidades no entorno dos câmpus e a melhora na vida das pessoas. Trabalhos como os da estudante Larissa Martínez Rodrigues, do câmpus Santana do Livramento, que leva formação em tecnologias da informação para escolas da cidade e do Uruguai. Ou o Aprove IFSul, defendido pelas alunas Andreza Matias Dias e Carolina Martinellie, que prepara estudantes da rede pública de Sapucaia do Sul para o processo seletivo do Instituto.

A galera do câmpus Venâncio Aires também chamou a atenção com a diversidade de projetos. As meninas Cibele Bohn e Julia Bittencourt, por exemplo, ensinam educação financeira e fiscal para crianças da rede pública. Elas deram aula também na defesa do projeto. “Existem autores que defendem que educação financeira é responsabilidade dos pais e da família, mas como isso vai acontecer quando temos dados que comprovam que um percentual considerável de adultos tem problemas em organizar o orçamento ou entender termos simples de economia?”, questionam. Elas tomaram para si a responsabilidade de tentar ter uma geração um pouco mais consciente das próprias escolhas.

Outra coisa que chama a atenção é a quantidade de projetos de estudantes de áreas bem técnicas, como os alunos de informática, mas que têm vinculação direta com as artes ou os direitos humanos. Para o estudante do câmpus Venâncio Aires, Jeferson Ribeiro, isso acontece devido à formação humanística do IFSul, que não visa preparar só mão de obra, mas cidadão críticos. “Eu, quando entrei no instituto, tinha essa visão de que era só técnico, mas é bom mostrar para as pessoas que temos também arte, cultura, que vamos nos formar cidadãos”, explica. Jeferson participa de um projeto que discute as relações humanas e a ética na era digital, através do teatro.

Além de apresentar os trabalhos, os participantes puderam debater entre si as dificuldades e os desafios que encontram para levarem suas ideias adiante. Alguns com muita experiência em mostras, outros estreantes mais tímidos, mas sem focados em mostrar suas experiências e ouvir as demais. Em comum, também, a inconformidade com os problemas ao redor e a vontade de resolvê-los. É essa a justificativa da maioria quando a pergunta é o que motivou a iniciativa.

Tantos bons exemplos acabaram emocionando uma das mediadoras das mesas. A professora de artes do câmpus Santana do Livramento, Dionéia de Macedo Fernandes, conta que a emoção se deve ao fato de ver que os alunos estão usando a educação para mudar o mundo deles. “Eu vou sair daqui hoje com as esperanças renovadas de que o mundo em que vivemos tem jeito, que as coisas podem ser muito diferentes”, confessa. Ao todo foram 82 trabalhos de Extensão selecionados para a mostra, envolvendo também os professores orientadores.

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