Dia dedicado à cultura no câmpus Passo Fundo
Ao longo de toda essa terça-feira, o 1º Criart proporcionou mais de 60 atividades artísticas e culturais aos estudantes e à comunidade
A arte tomou conta do câmpus Passo Fundo nessa terça-feira (22). Ao longo de todo o dia, a unidade foi palco de mais de 60 atividades artísticas e culturais abertas à comunidade, dentro da programação do 1º Criart. Mais de 400 pessoas compareceram ao evento, que contou com oficinas, exposições e apresentações.
Quem participou do evento, pôde conferir trabalhos realizados tanto por estudantes quanto pelos mais de 50 artistas convidados. Na programação, 21 exposições artísticas puderam ser apreciadas ao longo de todo o dia. Entre esses trabalhos, estavam exposições literárias, de fotografia, de desenho e de artes plásticas. Já quem assistiu às apresentações durante a manhã e a noite, acompanhou peças de teatro, declamação, apresentações de música e dança, além de outras manifestações artísticas. Nas oficinas, oferecidas durante a tarde, foram realizadas atividades de diferentes áreas, como teatro, dança de salão gauchesca, capoeira, design digital, grafite e música.
A abertura do evento, conduzida pela diretora-geral em exercício, Maria Carolina Fortes, contou com a presença do reitor Flávio Nunes, acompanhado da pró-reitora de Extensão e Cultura, Gisela Loureiro Duarte.
Protagonismo dos estudantes
Para a realização desse evento de grande porte, a coordenadora da iniciativa e assistente social do câmpus, Paula Mrus Maria, destaca o protagonismo dos estudantes como principal diferencial. Além da organização das atividades ter sido realizada junto ao grupo de servidores ligados ao projeto, a coordenadora ressalta que toda a comunidade do câmpus se envolveu para que o evento saísse do papel. “Além de ter sido uma proposta dos próprios estudantes, o Criart teve esse ótimo resultado porque toda a comunidade se envolveu”, destaca Paula.
A coordenadora da ação explica que a iniciativa de realizar o evento nasceu a partir de um anseio dos próprios alunos. “Como todos os cursos do câmpus são ligados à área de exatas, eles propuseram esse espaço de desenvolvimento da criatividade dentro de uma proposta cultural”, conta Paula, lembrando que a ideia surgiu, ainda no ano passado, durante uma das rodas de conversa semanais organizadas dentro do projeto “Galera – Grupo de Apoio e Lazer ao Estudante: Refletir e Agir”. Foi com essa demanda que teve início, em maio deste ano, o projeto Criart, no qual o grupo começou a organizar atividades culturais no câmpus e concebeu o evento realizado nessa terça. Também integram o projeto os servidores Silvana Lurdes Maschio, Sidinei Cruz Sobrinho e Joseane Amaral.
Arte que transforma
E se participar de um evento voltado à cultura já representa um momento especial para muita gente, fazer parte de todo um processo de criação artística é ainda mais significativo. Prova disso é a experiência compartilhada pela aluna de engenharia civil do câmpus, Marianne Deitos, que, além de expor seus desenhos, também integrou voluntariamente a organização. Ela conta que, ao ser convidada por uma amiga a fazer parte do projeto Criart, ela não poderia imaginar a paixão e o envolvimento que teria com a iniciativa.
“Os dias foram passando e eu me apaixonei mais e mais pelo projeto. Ele despertou muita criatividade em mim e cada obra que ia chegando para expormos me inspirou a dar meu melhor”, comenta a estudante. Segundo ela, foi uma experiência maravilhosa conhecer pessoas e se aproximar de servidores, terceirizados e estudantes de outros cursos que talvez não teria a oportunidade de conhecer fora do Criart. E justamente por essa convivência, ela destaca que adquiriu um grande aprendizado trabalhando em grupo, especialmente ao assumir responsabilidades.
Para o estudante de engenharia mecânica Douglas de Barros, participar ativamente da organização do evento foi uma “oportunidade de conhecer um pouco do talento oculto dos estudantes do IFSul”. Ele ainda complementa que, além de ter aprendido muito, “foi simplesmente gratificante poder ajudar para que esse dia fosse especial a todos”.
A partir de todas as vivências compartilhadas ao longo do projeto, Marianne é enfática ao dizer: “Vi que os artistas do nosso câmpus (inclusive eu) se sentiram muito valorizados e especiais. Tem uma frase que me marcou muito e, para mim, o Criart tem tudo a ver com ela: ‘todos nós somos gênios, mas se você julgar um peixe por subir em árvores, ele passará a vida toda achando ser incapaz’”, completa a estudante-artista, referindo-se ao potencial da iniciativa de motivar os participantes a descobrirem as suas próprias habilidades.
Por Greice Gomes - Jornalista | CCS/Reitoria
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