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ciência e arte em órbita

Astromúsica reúne comunidade do câmpus Camaquã em noite de atividades culturais e científicas

Comunidade acompanhou shows musicais até a meia-noite. A partir desse horário, diferentes atividades culturais e científicas mobilizaram os estudantes

  • Publicado: Segunda, 07 de Agosto de 2017, 16h58
  • Última atualização em Segunda, 07 de Agosto de 2017, 17h53

Quem disse que violão não combina com as estrelas? Ou que uma guitarra não tem nada a ver com a lua? Essas associações podem parecer, à primeira vista, bastante desconexas, mas é justamente para propor o cruzamento entre arte e ciência que o câmpus Camaquã realizou mais uma edição do Astromúsica, o já tradicional evento da unidade que mescla música, astronomia e muitas outras atividades. A programação, elaborada pelos próprios estudantes e conduzida com total apoio de professores, também possui outro diferencial: as atividades viram a noite e atravessam toda a madrugada. Nessa edição, o evento, que contou com público superior a 300 pessoas, teve início na sexta-feira (4), às 18h30min, e se estendeu até o sábado, por volta das 7h30min.

Mas ainda que o próprio nome do evento remeta à música e astronomia, engana-se quem pensa que ele se restringe a essas duas áreas. Na programação dessa edição do Astromúsica teve espaço para diferentes manifestações culturais e científicas. De acordo com o coordenador da iniciativa e professor de sociologia da unidade, Patrick Kovalscki, havia atividades para todos os gostos: até a meia-noite o público pôde assistir a shows de música e dança no palco do auditório e, da meia-noite às 7h30min, os estudantes puderam participar de atividades em salas temáticas divididas por gêneros musicais (rock, música latina e funk).

Paralelamente às atividades musicais, aconteceu um bate-papo sobre física dentro do projeto Café da Relatividade, além de rodas de conversa: uma sobre empatia dentro do projeto Tabus e outra sobre gênero e diversidade dentro dos projetos Feminilidades e Uma conversa fora do armário. Durante toda a madrugada, os estudantes também puderam assistir às sessões de cinema exibidas dentro da programação e praticar atividades esportivas: na quadra do câmpus, foram disputadas diversas partidas de punhobol. Ao longo da madrugada, as turmas de terceiro e quarto anos ficaram responsáveis pela venda de lanches, por meio dos quais puderam arrecadar recursos para suas formaturas.

O sol desse sistema: autonomia dos estudantes

A autonomia dos estudantes na concepção do evento é, de acordo com Patrick, o grande diferencial da iniciativa. “Esse envolvimento de toda a comunidade e da própria escola no evento é bem interessante porque, de fato, podemos ver que a proposta do Astromúsica é ser executada pelos estudantes”, destaca o professor. Segundo ele, todo o planejamento do evento é realizado pelos alunos, desde a condução das atividades de palco até as atividades nas salas temáticas. “Nós – professores, pais, técnico-administrativos –, somos adultos de referência para dar apoio logístico e estrutural para eles executarem o que querem executar, mas os grandes realizadores do evento são os próprios estudantes”, complementa.

Mais do que a construção de uma programação ou da organização das atividades, o Astromúsica proporciona um verdadeiro espaço de experimentação para os alunos. “O principal objetivo do evento é oferecer um espaço e um tempo para os estudantes produzirem suas próprias formas de fruição cultural, social, artística e afetiva, porque eles se envolvem profundamente como grupo na produção de algo comum”. E esse algo comum, destaca Patrick, ultrapassa em muito a relação formal com a escola: “ele faz com que esses estudantes tenham uma relação muito mais afetiva e de cuidado, porque a escola está à disposição deles durante uma madrugada inteira”.

Planetas em órbita: espaço de confiança mútua

Com a escola inteiramente à disposição das atividades concebidas pelos estudantes, a palavra que conduz a realização do evento é uma só: confiança. Confiança, mas não apenas em sentido unidirecional; confiança mútua.

“Nós precisamos acreditar em nossos estudantes, que passarão a madrugada conscientes de que a escola lhes pertence e que portanto eles precisam ter cuidado com essa estrutura; há uma confiança dos pais, cientes que seus filhos serão acompanhados e estarão bem cuidados por seus professores; e há a confiança no trabalho desses cerca de dez professores envolvidos durante toda a madrugada, dos quais muitos entraram na escola às 7h30min e saíram só no dia seguinte, tendo passado, portanto, mais de 24 horas na escola, entre as atividades docentes e as atividades com o Astromúsica”, destaca o professor. Patrick complementa que todo o processo de concepção e de realização do evento é altamente educativo, porque faz com que os sentidos ligados à escola e à educação sejam vivenciados da maneira mais plena possível.

Do pó aos planetas

Realizado desde 2012 no câmpus Camaquã, o Astromúsica nasceu com o propósito de inserir um espaço voltado à cultura dentro de outro tradicional evento da unidade, a Feira de Ciências e Tecnologia. Na época, conta Patrick, o professor e astrônomo amador Fabian Debenedetti, hoje diretor do câmpus avançado Jaguarão, foi um dos propositores da iniciativa, que pretendia associar a música à observação dos astros. De lá para cá, cerca de dez edições do Astromúsica já foram realizadas no câmpus, cada uma agregando novos elementos à proposta inicial. “A ideia desse evento é múltipla: ela vai se formando no diálogo com estudantes, professores, técnicos, comunidade... O Astromúsica veio se transformando ao longo dos anos e cada vez assume uma função mais ampla”, comenta Patrick.

A ti, dedico as estrelas

Para a realização dessa edição e de muitas das edições anteriores, o evento contou com o apoio da Pró-reitoria de Extensão e Cultura (Proex), por meio dos editais de apoio a projetos ou eventos, fundamentais para a compra de equipamentos e de instrumentos para a realização das atividades.

Além do apoio via editais, o professor Patrick destaca que muitas pessoas são responsáveis pelo sucesso da iniciativa, como o diretor-geral do câmpus, Tales Amorim, e os servidores Carla Cristiane Martins Vianna, Ânderson Ritta, Leonardo Soares, Guilherme Klasen e Átila Paiva.

 

Por Greice Gomes - CCS/Reitoria

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Assunto(s): astromúsica , camaquã , ifsul
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