Intervalo Cultural do câmpus Sapucaia do Sul propõe reflexão sobre preconceito racial
Atividades, desenvolvidas por alunos do curso técnico em eventos, aconteceram ao longo de toda a semana
Os alunos do curso técnico em eventos do câmpus Sapucaia do Sul realizaram, durante toda a semana, até sexta-feira (16), o Intervalo Cultural com o projeto “Corium: Cor da pele de quem? Da divisão à multiplicidade”. A proposta foi buscar através de atividades lúdicas e artísticas a percepção da comunidade acadêmica do câmpus sobre o preconceito racial. Para isso, foram realizadas reflexões sobre a possibilidade de uma configuração mais integradora, baseada na multiplicidade cultural, buscando-se estimular a construção da autoestima pela valorização das diferenças.
O projeto foi orientado pelas professoras Carla Amaral e Fani Adorne, na disciplina de Percepções Artísticas e Culturais, ministrada no segundo ano do curso. A programação incluiu a apresentação de um vídeo realizado pelos alunos, na segunda-feira, e uma esquete de teatro intitulada “Não é bullying: é racismo!”, na terça-feira. A esquete mostrou a história real de uma criança que sofreu com o preconceito em sua escola, atividade que emocionou o público. Ao final, foi promovido um momento para compartilhamento de histórias pessoais sobre preconceito racial.
Na quarta-feira, ocorreu uma roda de conversa e uma oficina de automaquiagem. Na quinta-feira, houve dança africana e, na sexta-feira (16), último dia do evento, uma apresentação musical com a artista Marcelly Bueno.
Espaço para sensibilização
O evento teve como objetivo sensibilizar os acadêmicos para os sentidos associados à cor da pele, provocando o debate sobre a forma como a mídia trata essa questão, estimulando a construção da autoestima pela valorização das diferenças como expressão da identidade pessoal e de grupo.
Segundo a aluna Rhaiana Lopes, a turma escolheu o tema pois este “é um assunto relevante e com ele buscamos causar uma reflexão no câmpus”. Ainda sobre o Intervalo, destaca que “organizar o Corium foi muito bom, pois todos os dias foram emocionantes e traziam uma mensagem diferente”. A estudante Júlia Amaral relata ainda que “a ideia do evento foi trazer o questionamento sobre como é mais fácil encontrar identificação em tons de pele mais claros”. Segundo ela, isso pode ser percebido durante a oficina de automaquiagem, quando “deu para notar de perto a dificuldade de autoidentificação”.
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