Mostra de Produção: Sessão de pôsteres e 2º Encontro de Cultura são destaques do segundo dia
Após as atividades, apresentação de candombe, uma dança com atabaques, trouxe um pouco mais da cultura uruguaia para o evento
Além das mesas de troca de experiências, o segundo dia da Mostra de Produção foi dedicado às sessões de pôsteres da pesquisa e inovação. Das mais diversas áreas e temas, os banners reuniram trabalhos de estudantes do IFSul e da CETP-UTU. Outro destaque do dia foi a programação do 2º Encontro de Cultura, que contou com uma mesa de conversa sobre integração cultural na fronteira, seguida de uma apresentação de candombe com o grupo Biricunyamba, de Rivera.
Na sessão de pôsteres, os alunos expuseram os trabalhos desenvolvidos em seus câmpus e apresentaram os principais objetivos de suas pesquisas, processos metodológicos e resultados já alcançados. Durante as apresentações, os participantes também tiveram seus trabalhos avaliados pela comissão da Jornada de Iniciação Científica e puderam tirar dúvidas dos ouvintes sobre seus projetos.
A oportunidade de apresentar seus trabalhos no evento foi, para um grupo de estudantes uruguaios do CETP-UTU, uma experiência única. De acordo com os estudantes, que produzem pesquisas na área de desenvolvimento de jogos e da elaboração de um óculos adaptado a deficientes visuais com sensor de obstáculos, vir ao evento possibilita a troca de ideias com outros alunos. Os participantes também citaram que a experiência é um incentivo à prática da pesquisa e possibilita o exercício de outro idioma.
Para as estudantes de engenharia de controle e automação do câmpus Charqueadas, Samira de Oliveira e Ana Beatriz da Silva, que vieram ao evento participar das mesas de troca de experiências, a ansiedade para participar da Mostra ainda era grande.
“Nunca tinha participado antes, então estou curiosa para conhecer como funciona”, contou Samira antes de apresentar seu trabalho sobre xadrez eletrônico didático, que consiste num protótipo do jogo para demonstrar física na prática a estudantes do ensino médio. Já a colega Ana Beatriz estava entusiasmada para compartilhar com outros discentes suas experiências na pesquisa que desenvolve analisando programas educacionais de municípios do estado. “Minha pesquisa foca na análise da oferta de cursos do programa Mulheres Mil e de que forma essas políticas públicas voltadas à educação viabiliza o acesso dessas estudantes no mundo do trabalho”, comentou ela, destacando que estava entusiasmada com a possibilidade de trabalhar com esse tema em uma perspectiva interdisciplinar dentro da instituição.
Fronteira é tema de mesa de conversa no 2º Encontro de Cultura
Momentos dedicados à cultura também não faltaram na programação. Além das apresentações artísticas ocorridas ao longo do dia, o 2º Encontro de Cultura do IFSul trouxe para o evento uma discussão que tem a cara da Mostra desse ano: os diferentes conceitos atribuídos à palavra “fronteira”. Para discorrer sobre o tema, foram convidados os palestrantes Ricardo Almeida e Carol Vergara. A mediação ficou por conta da coordenadora de Cultura do IFSul, Sandra Vieira.
Contratado pela Unesco para a elaboração de um plano de integração cultural nas fronteiras do Brasil com os demais países da América do Sul, Ricardo compartilhou com o público alguns detalhes de como se daria a gestão desse plano. Um dos pontos citados pelo palestrante sobre a construção desse trabalho diz respeito às iniciativas de integração cultural que farão parte dele: “Uma das nossas preocupações era de que os projetos tivessem autonomia”, destacou o pesquisador, mencionando a necessidade das ações serem independentes de pessoas ou instituições específicas para existir.
As características da fronteira entre Brasil e Uruguai foram um dos pontos comentados pela pesquisadora Carol Vergara. “No mundo todo, muitos países possuem um movimento conservador em relação às fronteiras geográficas: as pessoas necessitam de passaporte e de justificativas muito bem feitas para cruzarem países vizinhos. Aqui, a integração entre os países se dá no plano legal e na vida cotidiana das pessoas”, comentou, exemplificando a naturalidade com a qual brasileiros e uruguaios cruzam a fronteira entre ambos os países.
Após a conversa com os palestrantes, o grupo uruguaio Biricunyamba colocou o público para dançar. Em uma animada apresentação de candombe, uma dança com atabaques, típica da América do Sul, o som dos tambores trouxe aos participantes um pouco mais da cultura uruguaia.
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