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Futsal feminino do IFSul é campeão em competição na África

Equipe feminina profissional Malgi do CaVG venceu o 11º Torneio Amizade Internacional de Futsal em Angola

  • Written by Luísa Brito (estagiária), sob supervisão de Vinícius Waltzer | Coordenadoria de Comunicação Social da Reitoria
  • Published: Sunday, 22 December 2024 07:55
  • Last Updated: Sunday, 22 December 2024 07:55

A equipe de futsal profissional feminino Malgi do Câmpus Pelotas Visconde da Graça (CaVG) fez história ao se tornar o primeiro time do Rio Grande do Sul a ser convidado para participar do Torneio Amizade Internacional de Futsal (TAF), realizado tradicionalmente no continente africano. Mas além de representar o Brasil, a equipe voltou para casa trazendo o troféu de primeiro lugar na competição.

O  título foi garantido com uma sequência de cinco vitórias: três jogos na fase de grupos, um na semifinal e outro na final. A competição reuniu sete equipes femininas, incluindo times de Angola, Brasil e São Tomé e Príncipe. A Malgi foi a primeira equipe brasileira a conquistar esse título, outra equipe brasileira já havia participado, a equipe de Brasília, e chegou até a semifinal em edições anteriores.

O torneio, realizado neste mês de dezembro, foi organizado pelo Governo e pela Confederação de Futsal de Angola, na cidade de Benguela, e é realizado há 11 anos. Trata-se da maior competição de futsal do País e já está inserida no calendário internacional da modalidade, atraindo jogadores de várias partes do mundo.

A delegação da Malgi foi composta por 14 pessoas, incluindo 11 atletas e três membros da comissão técnica. O time é composto por alunas atuais e egressas do  IFSul, além de integrantes da comunidade pelotense. Esse foi o primeiro título internacional da Associação Malgi de Esportes, um marco na trajetória da equipe que nasceu oficialmente em 1º de janeiro de 2016. 

Foto: Eliel Correia

Trajetória da Associação Malgi de Esportes

A Malgi tem suas raízes em uma iniciativa do professor Maurício Lobo Giusti, que organizou uma competição de futsal feminino em outubro de 2010 e percebeu o potencial esportivo das meninas da região. Após a experiência, Giusti idealizou  o projeto, oficializado anos depois. Ao longo do tempo, a Malgi se consolidou como uma referência esportiva e social na região. A associação, fruto de um projeto de extensão no âmbito do CaVG, tem como missão melhorar a qualidade de vida de jovens por meio do esporte, promovendo o desenvolvimento social e auxiliando as famílias e comunidades.

A conquista internacional motivou ainda mais a equipe, focada, agora, na expansão de suas ações. Segundo Giusti, essa experiência proporcionou um salto na qualificação das atletas, que puderam competir com equipes de outros países e conhecer diferentes formas de enxergar e praticar o futsal. “Temos uma atuação muito forte no Estado, mas precisamos avançar no calendário esportivo nacional. Essa competição pode ser um divisor de águas para elevar o projeto a um novo patamar esportivo”, avalia.

O professor destaca, ainda, a relevância da conquista para o desenvolvimento do projeto e das alunas envolvidas. “Essa participação tem duas importâncias principais. Primeiro, o reconhecimento como um dos grandes projetos de futsal feminino do país, ao sermos indicados para a maior competição de Angola. Isso confirma que estamos no caminho certo e somos uma referência no futsal feminino nacional. Segundo, proporcionamos uma experiência única para as nossas atletas e comissão técnica. Ao vivenciar outra cultura, conhecer diferentes formas de praticar o futsal e competir internacionalmente, transformamos a perspectiva de todos.” Ele afirma também que todos voltaram de lá “modificados, com uma visão ampliada e preparados para novos desafios.”

Para Giusti é necessário ressaltar o apoio recebido, que permitiu à equipe competir em alto nível sem custos excessivos: “Fomos convidados e tivemos todas as despesas pagas. O nosso único custo foi o deslocamento de Pelotas a São Paulo para pegar o voo de ida e retorno, que conseguimos organizar”, explicou Maurício, referindo-se à arrecadação de recursos para cobrir esses gastos de viagens nacionais.

Foto: Eliel Correia

Conquista internacional: mais que um troféu, uma renovação de confiança para a equipe

A atleta e capitã da equipe Eduarda Kunde, que integra o projeto há 11 temporadas, destacou a relevância da recente conquista internacional da equipe. Segundo ela, embora o principal objetivo do grupo sempre tenha sido o título estadual, a vitória no torneio internacional trouxe confiança e renovou as esperanças de alcançar o Campeonato Gaúcho em breve. “Essa conquista tem um grau de importância muito grande por ser um título internacional. Mas, mais do que isso, ela nos dá a certeza de que estamos no caminho certo e de que o título estadual que tanto almejamos vai chegar”, afirmou Eduarda.

Sobre a sensação de carregar esse título tão importante, a capitã destacou o clima de felicidade que tomou conta do grupo. “A principal reação do nosso time foi de felicidade e leveza. Durante o torneio, vivenciamos um pouco da cultura local, onde as pessoas são muito alegres, estão sempre dançando e se divertindo. Acho que isso acabou nos contagiando de uma forma positiva. Quando conseguimos sair com o título, estávamos muito alegres, felizes e leves, como se essa energia tivesse nos acompanhado o torneio inteiro”, relatou.

                               

Fotos: Eliel Correia

Ela também destacou os desafios superados e o significado da conquista para a equipe. “Sabíamos da dificuldade que seria enfrentar a equipe que era a atual campeã do torneio, mas conseguimos impor o nosso jogo e conquistar a vitória. Essa conquista trouxe uma confiança renovada para o time, especialmente depois de termos perdido o título estadual recentemente. Foi um momento de superação e aprendizado que marcou nossa trajetória”, avalia a capitã, evidenciando a força coletiva da equipe.

Valeu a pena! Esse título representa mais do que uma vitória esportiva, reflete o esforço coletivo e o impacto social do projeto Malgi. Parabéns às atletas Kauana Maurina, Eduarda Artifon, Eduarda Kunde, Evelyn da Silva, Karina Feitosa, Fernanda Santos, Danieli Rodrigues, Juliana Romanelli, Giovana da Silva, Daniela Quintero e Ana Campra, além da comissão técnica composta pelos professores Maurício Lobo Giusti e Ari Faria, e pela fisioterapeuta Ravena Antunez. Que venha o título do Gauchão!

 

 

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