Ciclo de cinema do curso de bacharelado em Design do câmpus Pelotas retorna as atividades
Na quinta-feira (24), o ciclo Ponto de Vista retorna com o filme Ex Machina
Quem achou que o Ponto de Vista não retornaria, pode ficar tranquilo. O Ciclo de Cinema e Design do IFSul – Câmpus Pelotas está de volta, e a temática desta nova temporada promete suscitar debates ainda mais interessantes e complexos do que nas edições passadas. Isso porque o tema da vez é Ficção Científica, e os filmes escolhidos para serem exibidos nos próximos meses versam não só pela estética e pelo design, mas pelo debate acerca da sociedade, existência e tecnologia.
O projeto Ponto de Vista já existe há um bom tempo e foi criado na tentativa de se criar debates culturais fazendo ligações com o design. Quem não é do curso ou mesmo não entende nada sobre design, não precisa se preocupar. Não há limites para as discussões e, como o próprio nome surge, pontos de vista diferentes enriquecem a jornada ainda mais.
Assim, a cada semestre o ciclo apresenta uma temática diferente. A última abordava a contracultura e trouxe à comunidade filmes como Pink Floyd The Wall, The Doors e Clube da Luta. Desta vez, o projeto, coordenado pelo professor Alexandre Assunção, traz seis grandes filmes que vão de sucessos de público e crítica a ganhadores do Oscar. Na programação estão Perdido em Marte, de Ridley Scott, Gattaca, de Andrew Niccol, A.I. – Inteligência Artificial, de Steven Spielberg, A Origem, de Christopher Nolan e Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças, de Michael Gondry.
Para começar, porém, o filme escolhido é Ex Machina, escrito e dirigido por Alex Garland. Indicado a Melhor Roteiro Original e vencedor de Melhores Efeitos Visuais no Oscar 2016 (derrotando favoritos como Mad Max: Estrada da Fúria e Star Wars: O Despertar da Força), Ex Machina já é considerada uma das melhores e mais significativas ficções científicas dos últimos anos.
Com Alicia Vikander e Domhnall Glesson como protagonistas, o filme conta a história de um jovem programador que é selecionado para passar uma semana na casa do brilhante presidente da companhia onde trabalha. Ao chegar no lugar, Caleb, o programador, descobre que foi escolhido para ser parte de um teste com Ava, um robô com inteligência artificial. Os testes começam e as coisas vão se tornando cada vez mais complexas; Ava parece muito mais humana do que é e a linha entre a verdade e a mentira fica tênue.
Para Assunção, um dos responsáveis pela escolha cuidadosa dos filmes, Ex Machina é uma obra que levanta questões importantes dentro da temática da ficção científica. Para ele, uma das melhores coisas do gênero é o uso de truques, de ilusões para criação da verdade. No caso de Ex Machina a criação de verdades vai muito além do uso de efeitos visuais para que possamos acreditar no que estamos assistindo. A própria história aborda a questão do que a tecnologia é capaz de criar e como nós, humanos, reagimos a ela.
Para continuar a conversa e diversificar as ideias, basta comparecer no auditório principal do câmpus Pelotas na próxima quinta-feira (24), às 16h. A entrada é franca e aberta a toda a comunidade.
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