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Departamento de Educação Inclusiva do IFSul divulga nota sobre o Dia da Consciência Negra

A data faz referência ao dia da morte de Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo de Palmares e símbolo da resistência da população negra no Brasil

  • Published: Friday, 20 November 2020 10:29
  • Last Updated: Friday, 20 November 2020 10:29

20 de novembro- Dia da Consciência Negra

NADA A COMEMORAR!

A democracia racial relaciona-se com uma estrutura social ideal na qual todos os cidadãos, independentemente de sua raça ou etnia, possuem os mesmos direitos e são tratados da mesma forma. No Brasil, o termo é usado como oposição à ideia de discriminação racial que instituem negros e brancos ao desempenho de diferentes papéis dentro da estrutura social. Na realidade o que temos nesses séculos é o mito da democracia racial no Brasil fundamentado em uma falsa ideia de miscigenação e integração racial tomada como indício inequívoco de harmonia e igualdade entre as diferentes etnias. Desse modo, desenvolveu-se a ideia de que as desigualdades existentes estão pautadas em condições estritamente sociais, e não raciais. Quanta hipocrisia. A população negra e parda é a que está na sua quase totalidade à margem da sociedade, é a que sente na pele o racismo histórico, nos seus mais diversos contextos. São os negros que são excluídos de habitações dignas, do saneamento básico, do acesso a saúde de qualidade, a um trabalho qualificado e bem remunerado, à educação, desde as séries iniciais até o ensino superior. Os negros foram alijados de participar em grande proporção de processos políticos, de ascender a cargos hierarquicamente superiores, de serem vistos como cidadãos.  Existe toda uma invisibilidade, que mata, agride, prende, fere, machuca e destrói uma raça. Até quando, isso será tolerado, ignorado? Chega de racismo, de intolerância, de preconceito, de piadas idiotas, de ignorar o que está posto em nossa sociedade. Foi necessário criar políticas de reparação histórica, que busquem aproximar as questões raciais do objetivo de uma justiça social e de uma verdadeira democracia racial. Temos muito que lutar, muito a mudar. É preciso reconhecer tudo que foi e continua sendo feito com os negros nesse país. Precisamos de justiça, de solidariedade e de empatia. Não basta somente ser antirracista.

Coordenadoria de Ações Afirmativas (Cofai)

Departamento de Educação Inclusiva (Depei)

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