Professora de artes do IFSul expõe obras em galeria virtual
A professora do câmpus Camaquã, Catiuscia Dotto, representa o Brasil na Galeria de Arte Quarentena, que reúne obras de artistas do mundo inteiro
Que tal visitar uma mostra na qual estão expostas obras artísticas de vários países? Aos que gostaram da ideia, uma boa notícia: isso é possível! Basta fazer um passeio virtual à Galeria de Arte Quarentena, artistas em Pandemia. E o IFSul está representado nesse projeto com a série “Germinares”, da professora do câmpus Camaquã, Catiuscia Dotto.
Trata-se de um projeto desenvolvido por um grupo de artistas e acadêmicos de artes visuais do Chile e do México para fomentar a produção e a discussão artística neste período em que os museus e espaços culturais estão fechados na América Latina, sem perspectivas de retorno.
“Acredito que este deve ser o caminho da arte, construir encontros e diálogos. No momento em que vivemos, de isolamento social, penso que o ambiente virtual deve ser explorado para tal, embora a escultura seja uma linguagem que evoca a presença espacial”, observa Catiuscia.
Germinares é composta por sete esculturas em pequeno formato, que ficarão em destaque até o dia 14 de agosto, no ambiente virtual. “Meu trabalho parte de uma investigação a partir do feminino. Com o passar dos anos, são mais de 15 dedicados à escultura. A figura feminina foi se desconstruindo formalmente e sendo reconstruída simbolicamente, encontrando uma simbiose com elementos que pertencem ao meu imaginário e ao meu repertório”, explica.
Todas as obras expostas foram criadas neste período de quarentena: “essa série, em específico, foi realizada durante o isolamento social, e essas pequenas esculturas refletem tal contexto, pois o que em esculturas anteriores se traduzia em cor e espacialidade, aqui, se contém nesse ato de (si/talvez) germinares”, comenta a professora. Para conhecer Germinares, clique aqui.
A Galeria está atuando no ambiente virtual desde maio, e este é o terceiro ciclo da mostra. Os anteriores aconteceram em maio e junho com outros grupos de artistas. A seleção acontece a partir de uma convocatória por parte de uma equipe curatorial, que solicita a apresentação do projeto a ser exposto.
O professor Giliard Ávila Barbosa, professor de Letras no campus e escritor, fez o texto de apresentação curatorial do trabalho de Catiuscia.
Exposição permanente no Egito
Catiuscia diz que tem por hábito participar de eventos de escultura que promovem o intercâmbio entre artistas e o diálogo com o público: “vejo a importância de socializar nossos processos criativos, o que sempre foi uma ponto importante do meu trabalho como escultora e que dialoga com minha ação docente”, diz.
Em 2019, a professora foi convidada a representar o Brasil na construção do Memorial Reviving Humanity, no Egito. Sua escultura ficará exposta de forma permanente junto com outras obras de representantes de todos os países do mundo.
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