Alunos da Rede Federal obtêm melhores médias no Enem 2014, diz estudo divulgado pelo Inep
Resultado foi apresentado na edição mais recente do “Boletim na Medida”, publicado pelo Inep
Análise de pesquisadores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) aponta que, na edição do Exame Nacional do Ensino Médio de 2014, o rendimento dos estudantes do ensino médio da Rede Federal superou o dos demais sistemas educacionais brasileiros (estaduais, municipais e privados), considerando o tipo de educação ofertada – propedêutica ou técnica – e a distribuição das escolas dos diferentes sistemas, segundo o nível socioeconômico dos estudantes. O diagnóstico dos especialistas Geraldo Andrade da Silva Filho e Gustavo Henrique Moraes consta na edição mais atual do “Boletim Na medida”, publicado pelo Inep.
A pesquisa, que tem como base dados dos Censos da Educação Básica de 2012 a 2014, traz uma análise aprofundada, abordando desde a proficiência escolar pregressa de estudantes até a constatação da formação dos diversos públicos, atendidos em diferentes condições de infraestrutura e de formação e remuneração docente. Além disso, o estudo propõe acompanhar a trajetória daqueles que concluíram o ensino fundamental em escolas públicas e que foram avaliados pela Prova Brasil em 2011 e, na sequência, pelo Enem 2014. A iniciativa tem como objetivo possibilitar uma discussão de larga escala sobre o tema, ampliando o cenário usualmente divulgado pela mídia de ranking das melhores escolas do País.
Segundo dados divulgados, os alunos da Rede Federal que receberam ensino propedêutico atingiram média de 622,81 pontos nas provas objetivas e 694,29 pontos em redação, proficiências consideravelmente superiores na comparação com o grupo formado por estudantes do sistema privado, que alcançaram média de 573,49 pontos nas provas objetivas e 623,55 pontos em redação. A pesquisa revela ainda que 93,50% dos estudantes da Rede, que cursavam o 3º ano do ensino médio, participaram do Enem em 2014. O volume de participação advinda das escolas particulares, no período, foi de 88,2%.
Para o presidente do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), Roberto Brandão, o rendimento dos alunos da Rede Federal é reflexo do diferencial da qualidade presente na Rede Federal. “Os alunos dos institutos federais vão sempre estar em situação diferenciada, em nível internacional e nacional, porque eles têm uma qualidade diferenciada no ensino. O Enem é uma resposta muito favorável, muito positiva. Esse resultado mostra que, mesmo que os institutos não sejam instituições voltadas à preparação para o Enem, muito do que se faz na Rede Federal é aproveitado para esse exame”, destacou. “Como os institutos utilizam o Enem como forma de ingresso de novos estudantes em cursos de graduação, isso acaba sendo um ciclo favorável; nós formamos bem nosso profissional no ensino médio e ele consegue estar bem preparado para fazer uma prova como o Enem”, completou.
Quanto aos cursos técnicos, o destaque também é da Rede Federal. Os estudantes deste grupo apresentaram média de 565,36 pontos nas provas objetivas e 600,71 pontos na redação. Já os alunos matriculados em escolas particulares registraram média de 535,47 nas avaliações objetivas e 543,19 pontos na redação. De acordo com a publicação do Inep, os estudantes dos cursos técnicos da Rede Federal apresentaram proficiência superior na comparação com os alunos do ensino propedêutico dos sistemas municipais e estaduais.
O estudo divulgado pelo Inep consolidou resultados dos estudantes que frequentaram escolas de um determinado grupo na maior parte dos três anos de escolarização, ou seja, em pelo menos dois anos do ensino médio, sendo um deles obrigatoriamente o 3º ano.
Ensino público
A maioria dos alunos das escolas públicas está nos sistemas estaduais, que apresentam rendimentos significativamente menores e realizam o Exame Nacional do Ensino Médio com menos frequência. Essa parcela, considerada a mais populosa, registra as médias mais baixas – 488,45 pontos nas provas objetivas e 458,24 em redação.
Assessoria de Comunicação do Conif
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